terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Você tem medo do que vai sobrar depois do “sim”, sim eu desisto de você, sim eu desisto de nós, sim eu desisto deixando um ultimo pedido silencioso para que você não faça o mesmo. Porque nunca se sabe o que vêm depois, o tamanho da solidão que nos é reservada. É espantoso encarar a ideia que ira ser você dentro de você, a percepção que ira deparar-se com um acumulo exorbitante de renuncias e suas sádicas despedidas. Você vive em uma desistência esperançosa, porque em sua singela fé dizer adeus é a forma de motivar a pessoa que ama a permanecer. É como dizer tchau olhando pra trás esperado que o olhar seja recíproco. E que nesse olhar todas as palavras não ditas sejam alcançadas e a despedida prolongada por ora. É por isso que sempre ficamos adiando; a gente se testa. Fica dois, três e até quatro dias sem dar “oi”, procurando saber tudo por segundos ou terceiros, entra em uma abstinência depreciativa só pra ver se aguentamos a queda, se é aceitável sair assim da vida de quem a gente gosta sem dar uma oportunidade de a mesma não fazer o mesmo dentro de nós. Desistir, afinal, é render-se a tudo que você tem guardado há um tempo e não tem coragem de despachar. Desistir é admitir que tá ruim mesmo, é ceder a todos os teus prantos, todas as suas preces e crenças a oportunidade de melhorar. Ainda que isso seja apenas uma mera percepção, quem ama mesmo carrega esse dilema dentro de si. Porque é nele que a gente se afoga quando está tudo acabado e começamos a tentar nadar contra.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Mais uma vez sem rumo. Droga! Minhas escolhas precipitadas sempre estiveram erradas. Ah se minha mãe tivesse me botado regras! Creio que não estaria onde estou. Abusei de minha sorte, apostei todas as minhas fichas num jogo que nunca haveria um ganhador. Abusei de mim. Abusei de todos! Me vejo caindo no mais estúpido clichê abismo em que sempre dei gargalhadas. Estou pagando pela língua. Estou comendo do prato que cuspi e todos os outros ditados populares estão fazendo sentido agora. Tudo em que eu acreditava está embaçado agora. O que eu já disse ser concreto, hoje é maria-mole. Prometi amá-lo sem pensar no amanhã. Amar é simples. Mas preservar o amor é pra quem tem dom. Também não tenho dom do futuro, mas não me vejo com ele amanhã. Espero estar errada (ou não). Quero sair desta contradição. Acho que saí. Não quero mais meu braço sendo puxado ao virar as costas. Porque amor por um fio na teoria é bonitinho; na prática não.