terça-feira, 28 de agosto de 2012
Me perdi no meio dessa confusão que é me achar. Perdi meus sorrisos, meu jeitinho meigo de ser, minhas histórias de quando eu era neném que hoje não vejo mais graça. Perdi meus amigos, cada um deles, com a minha idiotice de priorizar as coisas erradas. Eu só queria ser eu mesma, conseguir sorrir sem abaixar a cabeça com vontade de chorar. Cansei de rir das piadas que fazem de mim, cansei de ver o amor que não dura, estou cansada de me ver com essa cara de cansada. Aprendi a manter uma distância segura e maravilhosamente solitária de cada pessoa que eu me importo, estou distante até de mim. Tem um nó aqui na minha garganta louco pra se transformar em grito e choro, mas que eu tenho que segurar. “Você é muito fria”. Concordo, querido do sorriso encantador, mas a escolha não foi minha. Fui deixada pra trás nessa estrada gigante que eu seguia junto com um moço que prometeu nunca me deixar, um moço que disse que eu sou a exceção desse mundo de desastres, chorei, chorei mesmo até que as minhas lágrimas ficassem secas e até eu aprender a não chorar quando eu escutasse a minha música e daquele moço que eu já amei mais do a minha própria vida. Sabe, já pensei em dar minha vida pela dele só pra ter a certeza que ele continuaria todo feliz da vida e pra eu não ter que viver sem ele. Eu fui deixada pra trás, sem dó nem piedade, pisada, esquecida, um tanto quanto fora de foco e já não consigo mais ser a pessoa mais fofa desse mundo. Sou um iceberg maior do que o que afundou o titanic, sei que sou toda errada nesse mundo onde eu deveria ser perfeita. Peço desculpas por ser tão eu, a todos que podem me ler, ver ou escutar. Perdoem-me por nunca demonstrar carinho além de um abraço, por não conseguir dizer “amo você” com facilidade. Não consigo mais ser assim desde que eu disse eu te amo e levei uma facada do tamanho do mundo num coração tão pequenininho. A frieza está morando em mim, virou minha inquilina antes mesmo de eu permitir que ela entrasse. Estou pedindo, de verdade, pra Deus tirar de mim esse nojo que tomei das pessoas e de seus erros. Quando digo que tenho nojo de pessoas digo no geral, nojo de todos até mesmo de mim que pareço que gosto de errar de tanto que erro. Eu sei, eu sei que meu sorriso parece o maior do mundo, mas eu também sinto caramba! Eu sinto e escrevo, é assim que funciona desde que minha voz foi silenciada pelo medo da rejeição. Admito ser gelada, fria como um milhão de cubinhos de gelo, mas essa sou eu. Não sei mais ser a antiga carol cheia de blábláblá com qualquer um que demonstrasse um pouco de gostar, sou desconfiada das palavras e amante dos mundos paralelos que eu vivo feliz com o amor da minha vida. Mas, aqui… Aqui é vida real e ou você é machucado ou aprende a fugir das situações que podem te machucar. É o que eu faço, fujo de relacionamentos, de amizades que podem me machucar caso acabem, me afasto das pessoas por medo de machucar e ser machucada. Sempre fui muito comunicativa, amiga de todo mundo, a fofa da turma, e isso nunca me serviu de motivo de orgulho quando sorria na frente da galera e chorava no travesseiro. A escolha de ser mais fria que um iceberg não foi minha, mas sim de pessoa que já me machucou. Cansei de rir das piadas que fazem de mim, cansei de ser o motivo da piada semanal. Quero ser eu mesma, mas nem sei quem eu sou. Preciso me descobrir, me reencontrar. Até lá, vai convivendo com essa grossa dos cabelos emaranhados castanhos que lá no fundo tem um coração. Imploro-lhe que não me julgue pelo meu nome pois existe muita dor dentro de mim e julgamentos não são bem vindos. Essa sou eu esperando pela oportunidade de conhecer o amor que fará de mim uma boba apaixonada pela vida, assim como já fui um dia. Carol, guardei meu coração dentro de um baú escondido dentro de meu quarto.
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