Semana passada estive assistindo um casamento. Eu sei, eu sei, sempre disse que não sou adepta a casamentos. Fiquei ali no meu banco olhando de longe e tentando entender aquele casal tão sorridente, tão festivo, tão… um do outro. Entendi algumas coisas. Você quer saber? Ah, eu sei que quer sim. Meu amor, eu entendi que eles não estavam se tornando casados por causa de uma benção recebida, um papel assinado ou alianças trocadas. Eles estavam casando pelo olhar que surgiu no rosto dele quando ela adentrou a Igreja. Estavam casando pela lágrima de felicidade e nervosismo que caía pelo rosto dela ao corresponder o olhar dele. Estavam casando pela forma carinhosa como ele pegou a mão dela no altar. Estavam casando pelo beijo na testa, pela confidência no sorriso, pelo tamanho do amor. Estavam casados há muito mais tempo do que se pode imaginar. Se duvidar, estão casados desde outras vidas. Sigo assim, meu amor, dissidente de casamentos, porém, agora acredito em outro casamento, naquele verdadeiro, que não precisa de um altar, de uma festa ou alianças. Aquele nosso, dos olhares, das palavras, dos silêncios, das uniões além do que se pode ver. Ao fim de tudo isso, quero lhe dizer que estamos casados há muito tempo também. Embora não saiba até quando você aguentará metade dos meus dramas, das minhas bagunças na vida, das minhas necessidades de sumiço e dessas minhas palavras muito escondidas de você, somos marido e mulher. Amém!
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