quinta-feira, 29 de março de 2012

Quando tudo parecer errado

Quando tudo parecer torto, deite no chão e olhe para o céu. Tente desvendar quais são os formatos das nuvens. Tente enxergar por entre elas, o sol por inteiro. Veja os pássaros voando e cantando. Perceba que a grama é verde. Caso chova, dance na chuva. Cante na chuva e lave a alma. 
Quando tudo parecer desconfigurado, pinte do seu jeito e com suas cores favoritas. Quando tudo parecer infeliz ou pra baixo, levante-se, vista uma roupa bonita e sai saltitando por aí, espalhando sorrisos e entregando rosas a um desconhecido. Quando a vida parecer voltada contra você, mostre-a que viverá independente disso. Ouça uma boa música e chore caso precisar. Peça alguns ovos e uma xícara de trigo pro vizinho, faça um bolo de chocolate e cubra-o com brigadeiro. Sente na varanda e aprecie os carros passando. Dê um impulso e voe por esse mundão. Dê um impulso e abra suas asas que rente ao seu corpo foram presas. Saia passear com o seu cachorro e vá comer uma pizza à noite. Assista um filme sozinho, e ria com a desgraça da personagem. Não fique esperando o telefone tocar, ou uma carte chegar… Quem muito espera, pouco se surpreende! Vá ao mercado e compre porcarias, encha sua veia de gordura e açúcar. Plante uma rosa no seu jardim e deixe os beija-flores possuírem-a. Pegue o mel direto da colmeia e leve umas picadas dolorosas. Solte uma pipa na praça perto da sua casa e suba em árvores para colher uma fruta. Dê uma chance à vida; uma chance pra você. Dê novas oportunidades e abra novas portas. Mude seu estilo e renove o seu gosto. Colore com outras cores e pinte de uma forma bem colorida… Nada muito singelo! Exagere nas cores e verás a beleza. Ande meio bêbado por essas ruas e esbarre com pessoas novas. Se descontraia; se divirta. Explore novos horizontes e se encha de amores, incha de amores. Tome uma bebida naquela rua ali, e converse com uma pessoa. Puxe assunto e conheça uma vida diferente da sua. Dê chances às oportunidades. Dê olhares, abraços e beijos à uma nova vida. Quando tudo estiver ruim, lembre-se que sempre existirá uma parte para estragar, jogue-a no lixo e descarte-a. Quando tudo estive torto, ande na linha mesmo assim… Vá no embalo da boiada antes que seja pisoteado. Vá no ritmo da música. Dance, mesmo que não gostar do gênero. O importante é viver, e não importa a maneira.

Voar

Comprei um par de asas para voar contigo. Sei que as minhas são de plástico e talvez não suporte o caminho todo, mas me arriscarei. Quero voar contigo, mesmo sabendo que no caminho as tuas asas permaneceram limpas e as minhas estarão sujas e remendadas. Vou aprender a plainar com um beija-flor qualquer e me mostrar pra ti, vou sair por ai imitando uma borboleta enquanto o teu vôo se assemelha ao de uma águia. Vou desejar poder voar ao teu lado, mas estará muito acima de mim seu vôo mortificara o meu esforço gigantesco para manter-me no ar, mas me contentarei em estar sobre o mesmo céu que tu faz suas mais belas acrobacias. 
Vou fazer algumas paradas longas, e depois pegar carona em um corvo qualquer para lhe alcançar. Mas e quando minhas asas de plástico quebrar de vez? Como vou te acompanhar? Não me bastara apenas ver-te voando por esse céu tão gigantesco sem minha companhia insignificante. Eu vou desesperadamente desejar as minhas asas fingidas novamente só para poder dividir esse céu contigo, só para que eu possa ao menos roubar um pedaço da imensidão azul que um dia patinhei contigo. E quando não houver mais céu, eu ainda vou ter meu pedacinho guardado no bolso, e vou te presentear com esse pedaço que roubei de Deus. E mesmo que não queira me deixar ver-te voar no meu pedaço do céu eu ficarei grata por lhe fazer voar, mesmo que seja sem mim.
O amor não é uma desculpa. Você não pode justificar o ciúme com o amor. Sinto ciúme de você porque te amo demais. Eu já disse isso, mas hoje vejo diferente. Se eu amo demais, o problema é meu. Dizer que ama e quantificar o amor só serve para quem sente. Se eu tenho o maior amor do mundo, o mais puro e o que mais me faz feliz o problema é exclusivamente meu. Sabe por quê? Não importa o amor que eu sinto, não para o outro. Para o outro importa como eu demonstro, me comporto e vivo esse amor. O que adianta eu dizer que o meu amor é o mais puro de todos se eu não mostro isso? O amor não é uma palavra bonita. O maior problema do mundo, hoje, é esse. As pessoas acham que falar basta. Não, falar não basta. O amor não tem que ser dito, ele precisa ser sentido, senão ele não sobrevive.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Vai entender

Não dá para esquecer. E você também sabe muito bem disso. Não dá para ignorar o vazio enorme que você deixou em mim. É impossível seguir em frente, mesmo com esse silêncio ensurdecedor entre nós deixando claro de que chegou o fim. Eu sinto muita falta da gente. Sei que é tarde pra te informar, que meu orgulho me impediu de correr atrás, que teu amor-próprio te sucumbiu, mas veja só, eu tenho saudade. Do que nós éramos. Do que nós deixamos pra trás. Do que nós tínhamos. Independente do quanto o tempo tenha passado.  Em qualquer lugar eu vejo você; em qualquer canto eu te encontro, sinto o teu cheiro, ouço tua voz. Mesmo quando teu rastro está a horas de distância do meu. Parte minha está presa a você, amarrada, acorrentada. E, meu Deus, simplesmente, não consigo me desprender. Todas as garotas do mundo levam um pouco de você, ou sou eu tentando te encontrar em outros olhares, outros gostos, gestos, sorrisos, toques; não sei. Sinceramente, eu não sei. A única coisa que eu tenho certeza, é que está sendo horrível. Apavorante. Você sabe, esse lance de ficar sem você. De ter que andar mesmo quando a minha vontade é de empacar, estacionar e te esperar voltar. Eu sei que errei, que te magoei, que minhas linhas tortas te confundiram por inteiro; mas eu nunca, jamais esperei que a decisão de partir sairia de você. Mesmo com nossas brigas semanais, com a infantilidade de ambas as partes, com o orgulho nos locomovendo, mesmo assim… Eu jurava que iríamos ser para sempre. Que meus defeitos te completavam e que tuas birras me abasteciam. Eu tinha plena convicção de que, não importando o que poderia acontecer você ficaria ao meu lado. Mas sabe o que é? Isso tudo é estúpido demais. Errado demais. Dolorido demais. Você está aí, perto o suficiente de mim para travarmos uma conversa, mas ainda assim, você prefere o silêncio. E eu não vou te contrariar. As coisas nunca foram fáceis, e nós sempre as complicamos ainda mais. Não é para menos que viramos esse nada grotesco. Esse ponto de reticências infinitivo e exaustivo. Já era. Não dá mais, nem para mim, nem para você. E mesmo que esteja sendo difícil, nós não vamos abrir mão. Eu te conheço, e acima de tudo, me conheço. Teus dias podem estar sendo insuportáveis sem a minha mania de bagunçar com a tua rotina, mas você não vai me ligar. Você procura milhares de ruivas, e mesmo sabendo que nenhuma delas poderá algum dia te fazer me esquecer, você não corre atrás. Você não dá sinal de vida, não manda algum e-mail, tampouco me adiciona no Facebook outra vez. Você aparenta ser a menina mais feliz do mundo, mesmo sabendo de que eu sei que meu nome está tatuado em teu peito independente de quantos anos passem. Você foi a idiota que acabou com a minha vida, e eu fui a teimosa que te embaralhei todinha. Mas, ainda assim, a gente se amou. A gente se ama. Vai entender… 

Alguém necessita...

Alguém necessita de você pra alguma coisa. Alguém necessita de você para assoprar um machucado ou enxugar lágrimas, para dar uma mão e levantar o que está completamente cansado. Alguém precisa dividir segredos com você e chorar escutando alguma música; dançar escutando outra. Alguém precisa ir ao shopping ou ao parque, todos os domingos após o almoço. Alguém precisa te ligar na madrugada e desabafar sobre o que está sufocando. Alguém precisa te levantar e ser levantado, precisa de você para gastar e passar alguns apuros. Alguém obviamente precisa da sua presença… Para abrir uma garrafa de refrigerante ou para levar algum peso. Alguém precisa que você vá correndo levar o que supostamente esqueceu em casa. Alguém precisa da sua presença no aniversário, precisa dos seus presentes simples… Mas com amor. Alguém precisa escrever pra você, com você e emocionando você. Alguém precisa deixar-te sem jeito e dar-te um abraço quando precisar. Alguém precisa de você para tirar o sossego em plena tarde de sábado. Alguém precisa do seu andar torto, e do seu sorriso meio-amarelado. Alguém precisa das suas palavras doces, e dos seus xingamentos um tanto quando engraçados. Alguém precisa que você alerte sobre o errado, que oriente para o certo. Alguém precisa de você para beber e sair para alguma festa. Alguém precisa de você pra comentar sobre aquela roupa totalmente tenebrosa quando se vê na rua. Alguém precisa de você para dar uns tropeços e se reerguer. Alguém precisa de você, da mesma forma como você precisa de alguém. Você precisa de carinhos, amor e muita felicidade. Alguém precisa de consciência e sanidade. Outros precisam de oportunidades e chances. Alguns precisam de amor e outros apenas de uma faca. Alguns precisam de abraços e outros de ouro puro. Alguns precisam do brilho dos olhos e outro, o cheiro doce do perfume. Uns preferem estar sozinhos, com a razão de que estar sem ninguém é o melhor. Alguns precisam de palavras de orientação, outros precisam de vergonha na cara. Alguns precisam de verdades, e outros de um pouco de coragem. Alguém precisa de você, e você precisa de alguém. É um siclo, onde tudo gera em torno de outro alguém. Você pode precisar disso hoje, e amanhã precisa de outra coisa; uma coisa nova. Alguns precisam de amizades, outros de distância para aprender amar. Alguns precisam ser derrubados para aprender… Outros precisam se levantar e cair novamente, cair e levantar de novo, e de novo, e de novo, só para aprender que nunca se perde, apenas se atrasa. Alguns precisam de amor, outros de ódio. Alguns precisam de um mundo melhor, onde todos e tudo deveria girar em torno do respeito. Todos necessitam de amor. Amor que deveria ser suficiente. 

domingo, 25 de março de 2012

Morri da pior forma… Aquela que você ainda respira.

Né!

— Quer namorar comigo?
— Não sei, eu não sou boa o suficiente, você merece uma princesa…
— Eu posso te transformar numa. 
Mesmo que outras pessoas eu venha a amar
E encontre com elas um pouco de paz
Eu vou pra sempre te esperar. 

desejo

Você vive me testando. Querendo tirar de mim palavras que não digo a ninguém. Me leva a um ponto de ter que lutar comigo mesmo. De deixar ao orgulho, e pedir mais um pouco… Sim, estou com saudades. E isso aumenta a cada segundo quando se afasta de mim, não me deixa motivos pra continuar escrevendo coisas bonitas, e só me deixa pensar, “oh por quê?”. Me tire dessa depressão de olhar fotos, e me faça reviver todas elas, pois com você cada minuto passado no relógio é um tempo que nunca que sairá da minha memória, e por mais falhas que sejam, você me dará motivos pra olhar novamente, e desejar tudo de novo. 

sábado, 24 de março de 2012

FAZ DA SUA FÉ O SEU ESCUDO, E SE PREPARA PARA ENFRENTAR O MUNDO!

Passou pela minha cabeça voltar, mas o vento balançou os meus cabelos e mostrou que o caminho é para frente, reto e sem curvas

Somos o que há

Somos qualquer coisa como as que se veem por aí. Somos livros que ninguém nunca lê, somos parte de um edifício vazio, um copo sem água. Somos parte de um todo, mas não somos nada. Somos qualquer coisa, como um maço vazio, uma semente sem terra. Somos o coração sem esperança, a língua sem o paladar, a cidade deserta, o arco-íris em tons de cinza. Somos qualquer coisa, como um sonho inacabado, um sorriso adiado, um blefe, uma carta sem destino. Somos o vazio cercado pelo nada, somos a solidão dos versos, o pecado sem perdão, o silêncio das canções, as lágrimas da guerra. Somos os olhos tristes, os ombros cansados, os ternos baratos. Somos caco, farelo, poeira, o não, o talvez, a insegurança, o pessimismo. Somos os apaixonados, os amantes, os românticos. Somos os poetas, os loucos, os revolucionários, os idealistas. Somos os libertos, mas em nossa liberdade só há tristeza. 

não sei...

Eu sinceramente, do fundo do coração… Desejo a você um amor recíproco. Desejo que a pessoa lhe trate como você merece, ou que trate você da mesma forma… Sem carinhos, sem frases clichês e sem beijos. Que lhe trate com frieza e com palavras curtas. Eu, sinceramente espero que ache alguém menos idiota, e que você vire idiota por perceber que finalmente me perdeu. Eu sinceramente espero que você consiga ver o que perdeu, e o que com muita insensibilidade conseguiu destruir. Eu sinceramente espero que ache alguém como você… Que lhe trate mal. Alguém que não diga que te ama. Alguém que esqueça de te ligar e mandar mensagens de madrugada. Alguém que quando sonhar com você, não ache nada demais, pois foi apenas um sonho lúdico. Alguém que lhe trate sem amor, assim como tu me tratas. 

estou aqui

Estou aqui contando como foi o meu dia e como eu me sinto bem por finalmente conversar com você. Tive uma semana cansativa e o coração cheio de saudades, mesmo tendo nossas conversas de curta duração. Estou contando-lhe como foi minha semana e como foi difícil de passar. Abri o meu coração e contei os meus problemas e as minhas infelicidades. Finalmente chegou a hora… A hora que eu poderia falar com você e os problemas finalmente desapareceriam. A hora que eu me sentiria eu, pois seria completado por você. Estou aqui, dizendo como é bom te ver e conversar com você, meu amor. Estou aqui, puxando algum assunto para não deixar morrer o dia esperado. Estou aqui, mas você não vê. Estou aqui, e suas respostas curtas e frias me destroem. Estou aqui, esperando por um gesto de reconhecimento de amor; de pessoa. Estou aqui, esperando que perceba antes que seja tarde demais. 

quarta-feira, 21 de março de 2012

Hoje mais uma vez me encontro perdida nos meus pensamentos. Você, para não sair da rotina, está presente em todos eles. Acaba me fazendo sorrir ao lembrar de momentos bobos, e fico apreensiva ao me fazer uma simples pergunta: “Quando vou poder te ter por perto?” Bom, eu ainda não sei responder, talvez eu não possa. Gostaria de poder dizer que esse tempo longe não é nada, mas não posso. A distância é cruel, machuca e algumas vezes destrói… Sempre gostei de coisas simples, entende? Entretanto eu não tive escolha ao me apaixonar por você, simplesmente aconteceu. Até porque eu não iria desejar amar tanto, alguém que eu não posso tocar. Mas aconteceu, não é? E enquanto continuo perdida em pensamentos, uma parte de mim te espera pacientemente, e quer acreditar que tudo vai dar certo no final.  E eu ainda continuo achando que temos uma história pra construir juntas. Por mais que tudo tenha dado errado, é de você que eu gosto e é você que eu quero. E além disso eu não preciso de mais nada. Te evitar não foi e muito menos está sendo o melhor remédio. Mas enquanto isso eu vou fingindo que está tudo bem. E às vezes no silêncio do meu dia, no momento mais conturbado da minha alma, paro pra pensar em quando tudo isso começou. Eu sei, todos nós desperdiçamos oportunidades, chances, pessoas, amores… Mas de alguma forma, quando eu te conheci, eu sabia que seria você. Talvez tenha demorado pra perceber, mas o fato foi que percebi e naquele momento eu tive a certeza de que não podia te perder. Eu temia que fosse amor. Mas, de repente me senti tomada por algo mais forte que eu e de alguma forma você teria que ser minha.

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Sabe aquele momento em que cansamos de tentar explicar para os outros o que estamos sentindo? Não adianta tentar explicar, ninguém é capaz de entender. Não precisamos ser fortes o tempo todo, podemos nos deixar abater, só não podemos permitir que se torne permanente.

terça-feira, 20 de março de 2012

Só você não viu.

Eu me declarei pra você milhares de vezes. Quando eu ri daquela sua piada idiota que não teve a menor graça e quando dei risada das piadas de mau gosto que você fez sobre mim. Lembra? Eu deixei você me zoar porque você achava muita graça naquilo, e se te faz feliz… Bom, me faz feliz. Quando eu deixei os outros um pouquinho de lado pra dar toda a atenção pra você. Quando eu ouvi as músicas que você me mandou, mesmo elas não sendo do meu gosto. Lembra… Quando eu tratava todo mundo mal, mas era super gentil com você? Então. Isso também foi uma declaração, mesmo que silenciosa. Quando eu aguentei suas grosserias todas porque você teve um dia ruim. E também quando eu deixei você descontar todas as suas frustrações em mim, mesmo eu não tendo nada a ver. Quando eu te fiz sorrir quando tu chorava por outra pessoa. Quando eu te defendi do mundo mesmo você estando completamente errada. Quando eu deixei de ficar irritado só porque você tava mal e precisando de alguém. Eu me declarei pra você tantas vezes, da minha maneira… Só você que não viu. 

segunda-feira, 19 de março de 2012

...

 A gente finge que arruma o guarda-roupa, arruma o quarto, arruma a bagunça. Tira aquele tanto de coisa que não serve, porque ocupar espaço com coisas velhas não dá. As coisas novas querem entrar, tanta coisa bonita nas lojas por aí. Mas a gente nunca tira tudo. Sempre as esconde aqui, esconde ali, finge para si mesmo que ainda serve. A gente sabe. Que tá curta, pequeno, apertado. É que a gente queria tanto. Tanto. Acredito que arrumar a bagunça da vida é como arrumar a bagunça do quarto. Tirar tudo, rever roupas e sapatos, experimentar e ver o que ainda serve, jogar fora algumas coisas, outras separar para doação. Isso pode servir melhor para outra pessoa. Hora de deixar ir. Alguém precisa mais do que você. Se livrar. Deixar pra trás. Algumas coisas não servem mais. Você sabe. Chega. Porque guardar roupa velha dentro da gaveta é como ocupar o coração com alguém que não lhe serve. Perca de espaço, tempo, paciência e sentimento. Tem tanta gente interessante por aí querendo entrar. Deixa. Deixa entrar: na vida, no coração, na cabeça.

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Suponhamos que eu bata em sua porta, com uma mala e todo amor que cabe em mim, um pouco de café para os dias tristes e um cobertor para os dias frios. Você me acolheria? 

Difícil.

É esse gelo por dentro que eu não consigo entender. Você se doou tanto quando eu não pedia, e no momento em que pela primeira vez pedi, você negou, você fugiu. É esse seu bloqueio de aço encouraçando o silêncio, eu não consigo entender. 

Conselho...

Nesses meus poucos anos de vida, aprendi sobre coisas boas e más. Devo dizer que tudo que cheguei a descobrir, foi-se à minha conclusão da maneira mais difícil. Quebrei a cara, se me permite falar dessa forma. Tropecei por vezes e permaneci caída por um tempo, um longo tempo. Errei bastante e levo no peito algumas dores por não ter sido digna do perdão de alguns. Usei palavras afiadas e perfurei muitas pessoas. Acabei por descobrir que não sou uma pessoa ruim, me dói ver as feridas abertas em outros por falhas minhas. Me dói ter feito mal a quem - talvez - não merecesse. Fui muito boa, também. Abri meu peito para o perdão por incontáveis vezes. Estendi a mão para quem não merecia nem se quer o meu olhar. Ofereci os braços, pernas e afago para quem só me apresentava as solas do sapato. Desatei laços por tempos e aprendi a colocar um belo nó em minha mente, ligando-me a tudo que desejo ser eterno. Vi que a vida passa rápido e o tempo não há de perdoar nada. Aprendi que a pressa não me ajuda, aprendi, menina, que quem se apressa, tropeça. Descobri sorrisos habitados por estrelas e olhares habitados por sorrisos. Conheci gente grande com alma de criança, e crianças - inocentes de forma absurda, devo dizer - querendo ser gente grande. Acabei por aprender também que não existe forma fácil de se aprender e que não há simplesmente como desligar-se do mundo. Tu sempre irás sentir, mesmo que seja o vazio. Até o vazio, pode ser sentido. Guarda o teu conhecimento contigo, pequena. Aprende e enfrenta esses monstros que atormentam-te a alma. Não é fácil, mas não se permita desistir no primeiro fracasso. É apenas um conselho de quem já caiu, caiu, caiu… E nunca permaneceu no chão. 

domingo, 18 de março de 2012

POR ISSO EU ACHO QUE A GENTE SE ENGANA, ÀS VEZES. APARECE UMA PESSOA QUALQUER E ENTÃO TU VAI E INVENTA UMA COISA QUE NA REALIDADE NÃO É. E TU VAI VIVENDO AQUILO, PORQUE NÃO AGÜENTA O FATO DE ESTAR SOZINHO. 

domingo, 11 de março de 2012

Desisti. E isso é a coisa mais triste que tenho a dizer. A coisa mais triste que já me aconteceu. Eu simplesmente desisti. Não brigo mais com a vida, não quero entender nada. (…) Vou nos lugares, vejo a opinião de todo mundo, coisas que acho deprê, outras que quero somar, mas as deixo lá. Deixo tudo lá. Não mexo em nada. Não quero. Odeio as frases em inglês, mas o tempo todo penso “I don’t care”. Caguei. Foda-se. (…) Me nego a brigar. Pra quê? Passei uma vida sendo a irritadinha, a que queria tudo do seu jeito. Amor só é amor se for assim. Sotaque tem que ser assim. Comer tem que ser assim. Dirigir, trabalhar, dormir, respirar. E eu seguia brigando. Querendo o mundo do meu jeito. Na minha hora. Querendo consertar a fome do mundo e o restaurante brega. Algo entre uma santa e uma pilantra. Desde que no controle e irritada. Agora, não quero mais nada. De verdade. (…) Não quero arrumar, tentar, me vingar, não quero segunda chance, não quero ganhar, não quero vencer, não quero a última palavra, a explicação, a mudança, a luta, o jeito. (…) Quero ver a vida em volta, sem sentir nada. Quero ter uma emoção paralítica. Só rir de leve e superficialmente. Do que tiver muita graça. E talvez escorrer uma lágrima para o que for insuportável. Mas tudo meio que por osmose. Nada pessoal. Algo tipo fantoche, alguém que enfie a mão por dentro de mim, vez ou outra, e me cause um movimento qualquer. Quero não sentir mais porra nenhuma. Só não sou uma suicida em potencial porque ser fria me causa alguma curiosidade. O mundo me viu descabelar, agora vai me ver dormir e cagar pra ele. Eu quis tanto ser feliz. Tanto. Chegava a ser arrogante. O trator da felicidade. Atropelei o mundo e eu mesma. Tanta coisa dentro do peito. Tanta vida. Tanta coisa que só afugenta a tudo e a todos. Ninguém dá conta do saco sem fundo de quem devora o mundo e ainda assim não basta. Ninguém dá conta e… quer saber? Nem eu. Chega. Não quero mais ser feliz. Nem triste. Nem nada. Eu quis muito mandar na vida. Agora, nem chego a ser mandada por ela. Eu simplesmente me recuso a repassar a história, seja ela qual for, pela milésima vez. Deixa a vida ser como é. Desde que eu continue dormindo. Ser invisível, meu grande pavor, ganhou finalmente uma grande desimportância. Quase um alivio. I don’t care.

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Vai lá otaria, manda mais uma mensagem, como se ele não tivesse recebido todas as ultimas. Enche a caixa de entrada do celular dele, como se isso fosse fazê-lo sentir algo por você além de enjoo. Enjoo do teu exagero, enjoo de quem insiste em dançar sem musica, sem ritmo, sem dança, sem pista, sem par, que tal se valorizar?

obedecendo

Mas tô me divertindo, ué. Não é isso que mandam a gente fazer? Quando a gente chora e escreve aquele monte de poesia profunda. Quando a gente se apaixona e tudo mais e enche o saco dos amigos com aquela melação toda. Não fica todo mundo dizendo pra gente parar de tanto drama e se divertir? Poxa, tô só obedecendo todo mundo.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Realidade...

Semana passada ouvi de um grande amigo uma grande verdade: “Chega uma hora na vida que você tem que abrir mão do selvagem dentro de você para manter amigos, empregos e constituir família. Ou você pode escolher ser um louco e viver sozinho.” No meu último emprego, quando pedi demissão, ouvi do meu chefe, também um grande homem em raras ocasiões: “Toda essa sua mania de ser louquinha e falar o que pensa, só vai te garantir um emprego fixo: banda de rock.” Acho que todos têm razão. E venho tentando, com orações dadas pela minha mãe desesperada com meu jeitinho nada meigo, yoga, terapia, sexo, pilates, mantras e muita conversa com amigos em geral, ser uma pessoa mais equilibrada. Uma amiga me disse: “Quem briga por tudo e quer medir poder com todo mundo, na verdade está tentando provar que não é um bosta, tá brigando consigo mesmo”. Pura verdade, quando minha auto-estima está em suas piores fases, é aí que a coisa pega: fico com mania de perseguição, acho que tá todo mundo querendo foder comigo, que existe um complô universal contra a minha frágil pessoa. Meu ataque nada mais é do que a defesa amedrontada de uma menina boba. Mas a verdade é que eu odeio o equilíbrio. Porra, se eu tô puta, eu tô puta! Se eu tô com ciúme, não vou sorrir amarelo e mostrar controle porque preciso parecer forte e bem resolvida. Se o filho da puta que senta do meu lado é um filho da puta, eu não vou fazer política da boa vizinhança, eu vou mais é berrar e libertar essa verdade de dentro do meu fígado: você é um grandessíssimo filho de uma puta! Eu sou antipática mesmo, o mundo tá cheio de gente brega e limitada e é um direito meu não querer olhar na cara delas, não tô fazendo mal a ninguém, só tô fazendo bem a mim. É tão difícil ver todos vocês acordando de manhã sem nada na alma, é tão difícil ver todos os casais que só sobrevivem na cola de outros casais que só sobrevivem na cola de outros casais, é praticamente impossível aceitar que as contas do final do mês valham a minha bunda sentada mais de 8 horas por dia pensando o quanto eu odeio essa gente que se acha “super” mas não passa de vendedor de sabonete ambulante. É tão difícil ser mocinha maquiada em vestido novo e sapato bico fino quando tudo o que eu queria era rasgar todos os enfeites e cagar de quatro no meio da pista enquanto as tias chifrudas bebem para esquecer as dúvidas ao som de “Love is in the air”. Parem de sorrir automaticamente para tudo, humanos filhos da puta, admitam que vocês não fazem a menor idéia do que fazem aqui. Admitam a dor de estar feio, e admitam que estar bonito não adianta porra nenhuma. Eu já me senti um lixo de pijama com remela nos olhos, mas nunca foi um lixo maior do que me senti gastando meu dinheiro numa bosta de salão de beleza enquanto crianças são jogadas em latas de lixo porque a total miséria transforma qualquer filho de Deus em algo abaixo do animal. Mas eu não faço nada, eu continuo querendo usar uma merda de roupinha da moda numa merda de festinha da moda no meio de um monte de merdas que se parecem comigo. Eu quero feder tanto quanto eles para ser bem aceita porque, quando você faz parte de um grupo, a dor se equilibra porque se nivela. E eu continua perdida, sozinha, achando tudo falso e banal. Acordando com ressaca de vida medíocre todos os dias da minha vida. Grande merda de vida, você muda a estação do rádio para não reparar que a menina de dez anos parada ao lado do seu carro, já tem malícia, mas não tem sapatos. Você dá mais um gole no frisante para não reparar que a moça da mesa ao lado gostou do seu namorado, e ele, como qualquer imperfeito ser humano normal, gostou dela ter gostado. Você disfarça, a vida toda você disfarça. Para não parecer fraco, para não parecer louco, para não aparecer demais e poder ser alvo de crítica, para ter com quem comer pizza no domingo, para ter com quem trepar na sexta à noite, para ter quem te pague a roupa nova e te faça sentir um bosta e para quem te pede socorro, você disfarça cegueira. Você passa a vida cego para poder viver. Porque enxergar tudo de verdade dói demais e enlouquece, e louco acaba sozinho. Vão querer te encarcerar numa sala escura e vazia, ninguém quer ter um conhecido maluco que lembra você o tempo todo da angústia da verdade e de ter nascido. Você passa a vida cego, mentindo, fingindo, teatralizando o personagem que sempre vence, que sempre controla, que sempre se resguarda e nunca abre a portinha da alma para o mundo. Só que a sua portinha um dia vira pó, e você morre sem nunca ter vivido, e você deixa de existir sem nunca ter sido notado. Você é mais uma cara produzida na foto de mais uma festa produzida, é um coadjuvante feliz dessa palhaçada de teatro que é a vida. Você aceitou tudo, você trocou as incertezas da sua alma pelas incertezas da moça da novela, porque ver os problemas em outros seres irreais é muito mais fácil e leve, além do que, novela dá sono e você não morre de insônia antes de dormir (porque antes de dormir é a hora perfeita para sentir o soco no estômago). Você aceita a vida, porque é o que a gente acaba fazendo para não se matar ou não matar todos os imbecis que escutam você reclamar horas sem fim das incertezas do mundo e respondem sem maiores profundidades: relaaaaaaaaaaaaxa! Eu não vou fumar, eu não vou cheirar, eu não vou beber, eu não vou engolir, eu não vou fugir de querer me encontrar, de saber que merda é essa que me entristece tanto, de achar um sentido para eu não ser parte desse rebanho podre que se auto-protege e não sabe nem ao certo do quê. Eu não vou relaxaaaaaaaaaaaaaaaaaar.

sexta-feira, 2 de março de 2012

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Gostaria de dizer o quanto te amo, o quanto preciso de você. O quanto me deixa feliz ao te ver, e o quanto o seu sorriso é lindo. Gostaria de dizer que por você transbordo amor, e todos os dias, afogo-me com o mesmo. Gostaria de dizer que sinto sua falta quando não estás. Gostaria de dizer o quanto sua voz me acalma e o quanto me deixa feliz e aconchegado ao escuta-la. Gostaria de dizer que és o meu tudo, e que o seu abraço, e o seu beijo, são o meu ponto de paz. Gostaria de dizer que te amo…

Gostaria que você dissesse o mesmo, mas convenhamos… Isso não é fácil de acontecer.

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Vem cuidar de mim… E me ajude a enfrentar esses meus problemas que só me causam lágrimas e desânimos. Vem, abrace-me e nunca mais largue. Segure minha mão, e caminhe junto comigo. Me ajuda a superar problemas. Me ajuda a escalar montanhas, e descê-las também. Me ajude a orar, pois sem forças estou. Ore por mim, ore comigo. Me ajude a viver. Viva comigo, intensamente e irracionalmente. Viva comigo durante alguns dias, alguns meses… Viva comigo por toda sua vida, não me deixe. Apenas continue segurando minha mão. Não a solte. Se soltar, me perderei e não terei como continuar. Sua presença me ajuda, me dá forças e esperanças para continuar. Sua presença me anima, e me faz crer que no final do arco-íris tenha mesmo um pote de ouro.

quinta-feira, 1 de março de 2012

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Sempre que paro pra me ouvir, boto fé em nós. Ontem eu pensei seriamente em aceitar suas vírgulas, se você não encucar com minhas reticências. Quem sabe assim a gente permaneça cada dia mais perto, e tão longe de um ponto final.